Caros senhores, eu quase não aguento mais a troca de ideias entre as “zelites” representadas pela Ana Diva e pelo Sr. Ccsta no Mural do SBC. É uma rasgação de seda danada, doutor prá lá doutora prá cá, professor prá lá professor prá cá, isto tudo, porque o Sr. Ccsta mandou um e-mail para alguns onde ele copiava e colava matéria de um site de curiosidades da língua portuguesa.
Não, senhores, não temam. Eu não transcreverei aqui o que tem no site, embora seu conteúdo pareça interessante. Quem quiser vê-lo basta clicar aqui, para ver dois terços de um texto que o Sr. Ccsta fez o Saulo publicar na Academia Pedro de Lara, e, pasmem, com o beneplácito da Diva do Itaim Bibi, a mais premiada entre todas as paulistas, nos concursos literários, onde só ela concorre.
E agora, quando eles me lêem não podem dizer que leram, o que seria uma vergonha. Já pensou o Sr. Ccsta lendo bobagem escrita por mim ou pelo Lula? Veja uma das pérolas do seu
Artigo:
“Falar e dizer - há diferença entre esses dois verbos. - Às vezes, o sujeito fala, fala e não diz nada. Daí o dito: "Falou, falou e nada disse." - Mas, quem diz, dá recado, passa informação etc. - E notem que o verbo falar SEMPRE exige preposição: fala-se de, sobre, contra, perante, para etc. - Enquanto dizer pode ou não pedir preposição: - disse que estava saindo; disse que todos o esperassem; disse tudo sobre aquele assunto; disse cobras e lagartos; João diz muitas coisas acertadas; e quando ele disser que faz, é porque faz. - NOTA: - O pessoal do Sudeste é que só usa falar para tudo: Pedro falou que vai viajar; minha irmã falava que o velho estava doente etc. - Para os paulistanos e paulistas, não existe o verbo dizer.”
Esta é a prova do que coloquei no Mural da AGD de que a Ana Diva não leu a texto do Sr. Ccsta, e se leu ficou lá pela curiosidade 24. Pois o que ele quis dizer é que as pessoas do Sudeste não tem o que dizer, só falam (e eu acrescentaria em relação à Diva, e cantam, mal) e nem usam preposição. Que absurdo! Logo a Diva!? Então é questão mesmo do sudeste (será que é minúsculo ou maiúsculo?), pois dizem que o Lula quando saiu do agreste pernambucano já sabia dizer, e chegou em São Paulo começou só a falar. Os pais de Ana sabiam dizer, mas, Ana só sabe falar, e na maioria das vezes fala, fala e nada diz, mesmo quando escreve.
Meus senhores, eu digo, e informo. O que sinto é pela Academia Pedro de Lara, nosso espaço virtual dedicado às letras, já que não podemos realizar o sonho do Zetinho, e que foi um dia até o sonho do José Arnaldo, que era a Academia de Letras de pedra e cal e inteligência literária. Ela já foi tão conspurcada, por forasteiros que caíram de paraquedas (é escrito assim ou pára-quedas?), por anúncios de conjuntos musicais e agora por aulas de português. Está realmente virando tudo, menos uma academia.
Meus senhores, a língua pátria é algo muito importante e deve ser aprendida por todos. Entretanto, não devemos nunca deixar de nos expressar porque não sabemos quando escrevemos ou falamos “onde” no lugar de “aonde” ou vice-versa (tem hífen?). O importante é que saibamos por onde estamos indo e aonde chegar (estou nervosa porque não sei se escrevi certo. Ora, eu tenho mais o que fazer, vocês entenderam, não me sacrifiquem, mandem as “zelites” plantar batatas!). Pior do que não escrever correto é não ter o que escrever. Pior do que não falar correto é não ter o que falar.
O Sr. Ccsta, no início de sua “grande aula” usa Voltaire para se desculpar de sua prolixa “carta”. Eu, agora já no fim do meu escrito uso minha verve literária, respaldada nos ensinamentos do Dr. Cirilo, adquirida no Ginásio São Geraldo que nasceu cheio de glória, para dizer, que não se intimidem diante deste bacharelismo estéril. Escrevam e falem à vontade, de preferência certo, mesmo que com a língua errada. O bacharelismo é a grande doença de nossa civilização tupiniquim e só nos manteve cativos do nosso próprio atraso tecnológico. Enquanto aprendíamos a falar corretamente, os americanos nos ensinavam inglês, através de seu avanço tecnológico. Isto é coisa das “zelites”. Pelo menos para uma coisa serviu o Lula. Para tirar um pouco desse ranço bacharelista de quem pensa que saber português, é sinônimo de sabedoria. Neste ponto eu prefiro o apedeuta. Me poupem!
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