Termino meu texto sobre o supercretário Emanuel Luna (aqui), com a seguinte sentença:
“Em suma, vamos aguardar os acontecimentos. O que sei é que, apesar de ser oposição, o que espero é que o supersecretário acerte, mas não acredito, pois para reerguer o “governo do povo dançante” é preciso ser mais do que um supersecretário, seria preciso ser o SUPERMAN.”
Depois de escrito este texto, e depois de minhas cobranças no Mural da AGD, saiu enfim a entrevista com o Emanuel Luna. Ontem, neste mesmo mural deixei minha primeira impressão sobre ela e suas consequências, dizendo o seguinte:
“O supersecretário ou veio para ser candidato a prefeito ou para ser demitido. Pois quem diz, depois de 3 anos de governo que "nossa população precisa viver num lugar melhor" pois ninguém aguenta mais tanto buraco, é porque ninguém aguenta mais a Mamãe Juju.”
Antes de entrar no mérito mais profundo da entrevista, eu queria esclarecer algo, procurando responder a alguns leitores que me acusam de abusar dos apelidos ou epítetos, como prefiro chamar, para dar aos meus textos aquele ar de erudição que tanto agradam a Ana Diva e ao Sr. Ccsta. No parágrafo anterior há dois epítetos: “supersecretário” e “Mamãe Juju”, que servem de exemplo, ou de defesa de minha atitude. Nenhum deles é de minha lavra. Quem os inventou foi o Poeta. Dos deste parágrafo só criei um, a Ana Diva, porque quando dei este apelido, ainda não havia começado a novela Fina Estampa e não conhecia a Tereza Cristina, o que seria mais apropriado. E a grande maioria dos epítetos usados por mim não são de minha autoria, mas, do povo a quem leio e que me ler. Para ser justa, eu criei o Dr. Filhinho, para provar o meu carinho com adolescentes carentes, e que pelo menos, até agora, está se comportando bem, estudando e ate já disse em seu blog que iria se formar. Só espero que não vá clinicar em Bom Conselho, até se convencer que política não é realmente o seu forte, e que isto foi apenas a influência de alguém da terceira idade.
Voltando à entrevista do Emanuel. Eu gostei muito da sinceridade do Emanuel e de sua vontade de passar seus últimos dias em Bom Conselho. Eu também um dia já pensei assim, hoje prefiro o Santo Amaro, a não ser que, um dia, meu projeto político vingue e eu vá para Casa de Dantas Barreto, como era meu projeto paro o próximo ano. Se isto acontecer, depois de quatro anos por lá, será o povo que não me deixará mais sair, e isto é o que eu desejo ao Emanuel.
Ele diz que vai jogar em duas posições, na vida pública e na privada. E aí o Poeta começa a querer saber as horas que ele estará na privada ou não. Isto para mim não é importante, desde que não tenhamos uma secretaria acéfala sempre que o Emanuel quiser sair da parte pública de sua vida para ir para a privada. Eu já soube de casos onde prefeitos, deixam o paletó na vida pública enquanto se esforçam na privada, deixando a população apenas sentindo o cheiro do seu esforço. Espero que não seja assim.
Aí o Poeta vai mais uma vez aos detalhes sórdidos, perguntando se ele já conhece os problemas de Bom Conselho, ou vai precisar de 30 dias para fazê-lo. Nesta resposta ele revela sua verve política, mostrando seu DNA, dizendo que precisa de uns 15 dias, para se inteirar, quando na realidade já está com tudo pronto para começar do zero, pois em três anos pouco foi feito. E ainda é cortês em relação ao seu antecessor. É um homem educado o Emanuel.
No artigo que escrevi sobre o supersecretário citado acima eu parece que recebi uma entidade como a Mãe Iara da novela do Miguel Falabela, e previ como deveria ser a análise do Dr. Filhinho sobre a posse do Emanuel, escrevendo, que ele diria o seguinte:
“Com o poder e controle da situação que mainha tem, poderia nem ter chamado ninguém pois sua assessoria familiar estava muito bem dando conta do recado. Mas, ela quis, com sua magnanimidade gerar mais emprego e renda para alguém, enquanto fazia os deslocamentos secretariais.”
Pois não é que, se o Dr. Filhinho fizesse esta análise, ele estaria certo?! O Emanuel Luna além de declarar que nunca trabalhou no setor público, nunca teve uma carteira de trabalho assinada. Ou seja, sempre foi patrão. Isto para o PT e PSB (embora só de mentirinha) seria um crime. Para o PV (de quem tenho minhas mágoas), e para mim, não. Um homem pode ter um cargo público importante, sem ser analfabeto, sem ser retirante da seca, e até sem ter Carteira de Trabalho assinada, ou mesmo nem tê-la, como o Emanuel. Mas, de qualquer forma as estatísticas de emprego com carteira assinada e renda sofreram um impulso com a posse do Emanuel.
E lá vem o Poeta outra vez com perguntas do tipo: “Você pediu a sua mãe para sair de casa?”. O Emanuel, elegantemente diz que consultou a esposa, que ainda não sei o nome, pois, como já disse meu conhecimento da família é muito restrito, e que aceitou o desafio para ajudar Bom Conselho. Eu não sei se a esposa dele é também de Bom Conselho. Tenho certeza, se for, as tarefas dele serão muito facilitadas. Que não seja tão bela quanto a Marcela Temer, para não humilhar a nós do seu gênero.
O cerne da entrevista foi quando o Poeta falou da buraqueira na cidade, que no governo de Mamãe Juju, tornou-se epidêmica, perguntando se é um problema sério. E não me façam pensar em novos epítetos agora. Apenas citarei a resposta completa do supersecretário, pois é importante:
“Claro que é. É um problema sério a questão da buraqueira em toda a cidade. Tem pessoas que estão morando aqui, não tem o direito de chegar e sair, ou seja, estão privadas do direito de ir vir. É ação que tem um histórico que se arrasta há um longo tempo e estou empenhadíssimo para vermos o mecanismo que temos para que o mais rápido possível seja resolvido, como estar não pode ficar. Eu diria para você, Cláudio [o Poeta], que a coisa mais cruel é finalizar esta etapa. Até por que alguns setores deixaram ficar numa situação difícil, mas, agora está muito mais próximo do final. Esperamos que no final do mês possamos ter a cidade muito melhor. Aconteceram de haver muitos serviços repetitivos. Quando há uma repetição na mesma obra, causa um mal estar e prejuízo a população, isso me deixa inquieto, por isso dar total prioridade a recuperação das ruas de Bom Conselho. Vamos agora lutar contra o tempo. Nossa população precisa viver num lugar melhor.”
A última frase é a mais sugestiva, apesar de ser apenas um complemento de uma análise que poderia ser feita de todo o governo da Mamãe Juju, com raríssimas exceções. Ou seja, o que o Emanuel deve ter proposto a ela é facilmente deduzível. Se ele não tiver carta branca, ele está fora. Basta ver sua declaração de que “carta branca é coisa de irresponsável”, que não se une como outras como “Eu tenho que dar resultados, eu vou dar resultados, se por ventura nada disso acontecer eu mesmo me demitirei.” Esta última frase não é coisa de irresponsável, pois diz que se ele não puder agir para acertar, nem o “bilhete azul” ele esperará da Mamãe Juju, ele mesmo o pede. Se isto não é querer “carta branca”, eu não sei mais o que é. E para o nível a que chegou o governo do povo dançante, ele irá precisar, nem que seja de uma “carta azul”, para não pedir o “bilhete” com a mesma cor.
Todos sabem que faço oposição ao governo do povo dançante, e exatamente por isto, porque até agora o povo só dançou, da posse até o agora. Mas, o Emanuel, com a postura que revelou nesta entrevista, pode realmente ajudar Bom Conselho. O que acho difícil é que ele consiga reerguer a administração do município ao ponto que o grau de rejeição da atual prefeita diminua em todas as classes, em tão pouco tempo. Como já disse, para isto é necessário ser mais do que um supersecretário, e sim um SUPERMAN.
Uma entrevista, como os próprios políticos, devem ser lidos nas entrelinhas, e tanto o Emanuel, quanto sua entrevista ainda tem mais entrelinhas do que texto. Vamos para frente e pedir a Deus que suas entrelinhas, tanto quanto seu texto, sirvam para que em Bom Conselho, o povo seja realmente todos, e não só os “dançantes”.
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P.S.: Eu já havia terminado o texto acima quando vi na AGD uma chamada para o blog do Dr. Filhinho, que não pude deixar de ver. Ele finge que não me ler mas eu leio ele (e lá vem o Sr. Ccsta). Adoro literatura infantil. Principalmente, pelo título que fala de um incômodo causado pelo “Mané” Luna. E eu pensava que era o Dr. Emanuel Luna. Agora é Mané?
E eu queimei minha língua comprida dizendo acima que o Dr. Filhinho agora estava estudando e se comportando direitinho, para se formar. Adolescência tardia é fogo. Lá vem o menino atrapalhar sua mãe outra vez. Quem já se viu um “aborrecente” querer dar conselhos a um homem que se diz muito experiente em sua profissão e demonstrou isto nos seus propósitos ao ponto de merecer confiança total da Mamãe Juju?
Foi por essas e outras influências familiares que a Mamãe Juju quase não leva o governo até o fim. Se o Emanuel for ficar ouvindo conversa de gente de fraldas, vai mal. Eu não tenho tempo nem espaço para comentar o artigo do menino, que é mais um desastre político para a Mamãe Juju, se o “Mané” chegar a ler as porcarias que ele escreve. Ficará para depois. Eu gosto de dialogar com crianças. Mas, se elas mijam fora do caco, vão pro milho. Milho nele, Mamãe Juju!
LP
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