O supersecretário e as joias do Dr. Filhinho

Ontem escrevi, mais uma vez sobre o supersecretário Emanuel Luna, comentando sua entrevista ao Blog do Poeta. Ainda não tinha sido nem publicada, o Dr. Filhinho, lendo meus textos, quis fazer média com o Emanuel, pois deve ter se sentido rejeitado pela mãe, que agora só tem olhos para o Emanuel, pois ele é sua última esperança política, escreveu para dar as boas vindas ao novo secretário.

Como sempre, com toda a empáfia típica dos adolescentes mimados, ele começa tratando o Emanuel de “Mané”. Quando vi isto  na chamada da AGD, que nos faz um mal danado ao fazer chamadas para blogs infantis, eu não pude deixar de ir lá e ler. Eu sei que a Eliúde sempre explora o meu lado maternal e sabe que adoro literatura infantil, embora não aquela escrita por crianças. Mas, vá lá, vamos comentar um pouco o menino da mainha.

Depois de dizer que o secretário fez uma renúncia às suas atividades particulares e citar o pai de Emanuel, refreando-se de também chamá-lo o “Véio Mané”, pois pensou que, se o dissesse o castigo seria maior, ele me sai com o seguinte diamante:

“Emanuel é um quadro que vem a somar (e muito) à nova equipe.”

Imaginem que o Dr. Filhinho, cientista política precoce e estudante de medicina nas horas vagas, acredita que depois de três anos de governo, a Mamãe Juju ainda tem uma nova equipe. Eu sei da briga dela com Dilma para vê quem ganha em número de auxiliares demitidos, mas, dizer que ela tem uma nova equipe é querer ganhar a competição no grito.

E lá vai o menino em sua análise, dando seu recado como íntimo do poder. Ele conversou com outros secretários e ouviu deles que foi uma grande aquisição do governo do povo dançante, o Mané. Ele só não diz se os secretários com quem ele conversou são da equipe nova ou da equipe antiga, ou seja, os 85 secretários e diretores que já deixaram o governo. Isto seria um grande incentivo para o novo secretário. Já pensou ele saber que foi aprovado pelos outros secretários?! O Emanuel é um homem educado, pois diz em sua entrevista que está sempre em contacto com a Mamãe Juju (que foi citada uma vez na entrevista, e não sei prá que), pois, se não fosse, diria que estava ali para tentar fazer um trabalho que não foi feito por um governo que não governou. Ele disse isto só nas entrelinhas, pois, além de educado ele mostra que é um político habilidoso.

Entretanto, ele, o Dr. Filhinho, não escreveu porque quisesse elogiar o Mané, mas sim porque leu dois comentários no Blog do Poeta  que, segundo eles são de anônimos. Eu não entendo, alguém que a única virtude que tem ao escrever algo é dizer que tem CPF e RG, vai dar tanta importância a anônimos, ao ponto de escrever uma postagem por causa deles. E eu nem sabia que o Poeta já estava aceitando comentários de anônimos. E fui lá correndo ver os tais comentários que ocasionaram a erupção de tantas infantilidades.

Descobri apenas o óbvio. Na idade do Dr. Filhinho (idade mental, pois pela idade cronológica ele já deveria se comportar melhor) há uma grande vontade de aparecer pelo contraditório. É o que alguns pais chamam de “aborrecência”, para mostrar aquele período de desenvolvimento do adolescente, onde ele parece saber de tudo. Mesmo assim eu li os comentários.

Não conheço nenhum dos dois comentaristas pesssoalmente, nem o Francisco Cavalcanti, nem o Arlindo Paz, embora o Arlindo, vez por outra comenta em meu blog e em blogs de Garanhuns, principalmente, para dizer o nome de um remédio que o Sr. Ccsta toma, que está lhe deixando à beira da caduquice. O Francisco Cavalcanti pareceu-me muito sensato, se são verdade as reuniões de que fala, em seu comentário, falando da entrevista do supersecretário e vejam com seus próprios olhos:

“Oh Poeta, deveria ter perguntado o que aconteceu para de uma hora pra outra ele ter mudado de opinião, porque até reuniões fazia para criar um grupo de oposição ao governo com a disponibilidade e seu nome para candidatura e de repente foi comer na bacia de mamãe juju. Pergunta isso e vê se ele responde sem enganar.”

Ora, eu não posso julgar o Poeta pois não sei se estas reuniões aconteceram e se era do seu conhecimento, mas se isto aconteceu, seria uma boa pergunta para ser feita e que não foi. Mas, agora o Sr. Francisco Cavalcanti e eu gostaríamos de saber. Pelo menos para isto serviu a postagem do Dr. Filhinho. Chamar a atenção para perguntas que ainda devem ser feitas ao Emanuel.

Mas, porém, todavia, contudo, o que mais me impressionou foi a enfática discordância do Dr. Filhinho, quanto ao posicionamento das duas pessoas, a quem ele classifica como anônimos (e eu não sei porque, pois para mim anônimo é o Dr. Filhinho, pois nunca o vi e nem sei mesmo se ele existe, ou se aquela foto juvenil é apenas para despistar sua idade no jardim da infância), que é a seguinte esmeralda:

“Àqueles que ainda expressam esse pensamento pequeno, fica um lembrete: política partidária a gente deixa pro ano que vem. A hora agora é de pensar no município. É hora de apoiar o trabalho do novo secretário, e deixar ele mostrar o que pode fazer à frente das duas pastas, porque capacidade ele tem. Com isso, todos nós ganhamos.”

Minha Santa Terezinha, aqui me tens a vossos pés de joelhos pedindo para que tire do surto esta jovem alma. Há poucos dias atrás eu lia do infante Dr. Filhinho uma análise, totalmente partidária, onde ele ameaçava os vereadores todos pelas suas posições e emitia bobagens sobre troca-troca de partidos. Hoje, para o Dr. Filhinho, não é mais hora de falar nisto, “política partidária a gente deixa pro ano que vem”. Agora é a hora de pensar em Bom Conselho, pois o supersecretário chegou para salvar o governo do povo dançante, depois de vagar por este longo tempo, entre uma Calcinha Preta e uma Garota Safada.

Senhor Deus dos exércitos, perdoa esta pobre mulher idosa, mas que ainda não tem direito a meia entrada nos cinemas, por dá tanta atenção ao “pivete treloso” (este epíteto é do Afonso Didier), mas que vou fazer, senhor? É o meu instinto maternal que procura guiar, além dos meus netos e filhos, a infância e a juventude para o bom caminho.

Não pensem vocês que acabou a importante análise política do treloso. Ainda tem os conselhos para o Mané, desta alma infantil e pura. Vejam mais este rubi:

“Siga firme, mostre seu trabalho. A melhor forma de responder a estes é fazendo a diferença no cotidiano das pessoas. Lembre-se que enquanto uma meia dúzia tenta desqualificar o seu trabalho que mal começou, motivados por convicções políticas pessoais, muitos vão prestar agradecimentos. E a gratidão vai vir do seu Severino, que não vai mais pisar na lama depois que a sua rua for calçada, ou de dona Maria, que vai ficar feliz com o saneamento da sua casa, gerando mais saúde pra ela e seus filhos. Você, Emanuel, vai fazer diferença na vida dessas pessoas, e no final, é isso que realmente importa.”

Aqui eu não posso discordar dele, e por isso eu digo que criança quando fala é preciso um adulto ali, bem pertinho para corrigir, se não quiser que certas verdades sejam ditas. Eu sei que a gratidão do Severino e da Maria vai ser muito apreciada pelo Emanuel Luna, pois ele me pareceu muito sincero na entrevista e nas suas entrelinhas, e ele as terá se conseguir salvar o governo da Mamãe Juju, como foi até agora. Até este momento o Severino e a Maria só tem a agradecer um documento, tirado com a ajuda da Socorro Godoy e às festas que foram feitas para eles dançarem durante três anos. Se eles agora não vão mais cair nos buracos de nossas ruas, já será um ganho.

Mas, continuo dizendo, para reverter o quadro político, a favor de Mamãe Juju, é preciso mais do que um supersecretário. Um SUPERMAN seria bem-vindo. Pensando bem, com a interferência do Dr. Filhinho,  e suas pérolas de sabedoria política, nem SUPERMAN.