Só neste carnaval, aqui prostrada em Gravatá, e com um
tempinho a mais, é que li os últimos exemplares (328 e 329) da A GAZETA
comandada pelo nosso jornalista mor o Luis Clério. Já tinha passado uma vista
rápida pelo número 328, que logo em sua capa mostra como a vida é apenas um
ponto pequeníssimo em nossa existência. Nela, uma foto mostra, em clima de festa
uma mulher, que pelo que soube dela, era realmente uma guerreira (ser política,
no caso das mulheres é quase sinônimo de ser guerreira), a vice-prefeita de Bom
Conselho, comemorando a vitória do Dandan. Já hoje, sabemos que a Dida Tenório
nos deixou e continua sua existência, talvez olhando para este mundo e vendo o
Poeta criar um prêmio em sua homenagem para fazer crescer a audiência de um
blog decadente. Uma mulher guerreira merecia um melhor homenagem.
Entrando folhas adentro do mesmo número, além do texto do Zé
Carlos, sobre a Missa das Nove, que me deu vontade de lá estar, eu notei o
texto da página política onde o Luis Clério reluta em mudar o nome de batismo
do Dandan. É por estas e outras que ele vai ser sempre o Dandan para mim.
Segundo o texto o nome verdadeiro do Dandan é Dannilo Cavalcante Vieira e não
Dannilo Godoy. Eu pensava que era com dois “LL” como o Collor, mas é com dois
“NN”, como a Danniele Winits. Eu, não me incomodo com isto, o continuarei
chamando de Dandan. É mais carinhoso e eu posso ralhar com ele quando ele fizer
travessuras no cargo.
Já no número seguinte, o 329, vemos logo na capa o Padre
Nelson, que deixou a comunidade católica da cidade consternada por sua partida
para Jurema. Pelo texto da A GAZETA, houve um sentimento de perda muito grande
na comunidade. Isto gerou até uma faixa que dizia: “Monsenhor Nelson! – A sua ausência nos causa profunda tristeza, mas
relembrar as alegrias que você gerou entre nós é como se você aqui estivesse
presente”. Pelo que soube, o homem de Deus cometeu alguns pecadilhos,
maiores para uns e menores para outros, em apoiar com tanta ênfase a
candidatura do Dandan, mas, o povo de Deus, às vezes erra também, já dizia
Moisés em Gênese.
O que eu poderia destacar neste número além do meu texto
sobre uma entrevista do Dandan ao Poeta, onde procuro mostrar que se a imprensa
local se restringisse ao seu blog, o Otávio Miranda estaria se revirando no
túmulo. Em primeiro lugar o editorial, que, tenho certeza, ainda é escrito pelo
Jodeval, pois acreditar que Dilma e Lula não tem nada a ver com as mazelas que
nos afligem e irão afligir nossa economia, é, no mínimo coisa do Jodeval. Esta
turma, depois da saída do Meirelles do BC, e desde que o Apedeuta quis eleger
um poste para presidência, vem acabando com tudo que havia de bom na economia
brasileira, deixado por governos passados, para continuar no poder e em nome de
um assistencialismo que só vicia nosso cidadão a não trabalhar, e a viver de
esmolas.
Eu gostei, para ser justa, das sugestões do Jodeval para que
os prefeitos entrantes comecem a dinamizar seus municípios. Mas, como eles irão
fazer isto se estão tendo os recursos tungados vergonhosamente para que a Dilma
distribua IPI com as indústrias para fugir de uma crise que seria a
oportunidade para reformar nossa economia, retirando seus gargalos? Eu sei que
não é inocência nem ignorância do Jodeval. É apenas sua paixão pela Dilma (com
ciúmes do Luppi) e pelo lulopetismo que até o próprio Coronel Eduardo resolveu
repelir no Recife, e está se afastando cada vez mais no cenário nacional.
Talvez, o Jodeval fosse o único no Brasil que acreditasse
ainda que Lula não tem nada a ver com o mensalão. No entanto, logo umas páginas
adiante da A GAZETA, encontro outra pessoa. O Ruy Sarinho. Conheço-o como
comentarista do Blog do Roberto Almeida, e é do tipo “mexeu com Lula, mexeu comigo”. Ou seja, não nos coçamos juntos,
politicamente.
Mas tenho um hábito que os petistas normalmente não tem, é
tentar sempre ser justa. O seu texto “De
portas fechadas!” nesta edição do jornal eu o subscreveria. Eu até hoje não
sei, porque cargas d’água o Dandan resolveu fechar a prefeitura para produzir
um relatório, segundo ele, que até agora não apareceu. Ou, antes que digam que
estou mentindo, vi um resumo apurado pelo Roberto Almeida que não justifica nem
o fechamento de uma sala, quanto mais da prefeitura toda.
Penso que o que acontece com Dandan, e é tratado pelo “jornalista de Olinda”, como eu o tratava
em nossa trocas de farpas alhures, é a “Síndrome
do Morceguinho”. Eu sempre disse que não era a época ideal para que o
jovem, hoje prefeito, adentrasse no campo político, mesmo tendo a vocação que
dizem que ele tem. Ele deveria ter resolvido toda sua vida pregressa e depois
tentado fazer o que fez. Penso que, mutatis
mutandis, há uma analogia clara hoje com o caso de Renan Calheiros, que
sofre da “Síndrome da Amante Infiel” (Lula já sente até tonteiras com
a mesma). Eu espero que o Dandan, para o bem da cidade, consiga contornar tudo
isto e exerça plenamente sua vocação de político, pois Bom Conselho, desde
priscas eras se ressente da falta do produto (existem alguns, mas não saem das
prateleiras). Mas, vai ser difícil.
Enfim, foi um prazer ler e comentar novamente a A GAZETA,
com a alegria de que há noticiosos que ainda nos deixam a esperança de que a
nossa imprensa local ainda sobreviva, apesar da blogosfera do Poeta.
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