segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

A GAZETA e a IMPRENSA LOCAL de Bom Conselho





Só neste carnaval, aqui prostrada em Gravatá, e com um tempinho a mais, é que li os últimos exemplares (328 e 329) da A GAZETA comandada pelo nosso jornalista mor o Luis Clério. Já tinha passado uma vista rápida pelo número 328, que logo em sua capa mostra como a vida é apenas um ponto pequeníssimo em nossa existência. Nela, uma foto mostra, em clima de festa uma mulher, que pelo que soube dela, era realmente uma guerreira (ser política, no caso das mulheres é quase sinônimo de ser guerreira), a vice-prefeita de Bom Conselho, comemorando a vitória do Dandan. Já hoje, sabemos que a Dida Tenório nos deixou e continua sua existência, talvez olhando para este mundo e vendo o Poeta criar um prêmio em sua homenagem para fazer crescer a audiência de um blog decadente. Uma mulher guerreira merecia um melhor homenagem.

Entrando folhas adentro do mesmo número, além do texto do Zé Carlos, sobre a Missa das Nove, que me deu vontade de lá estar, eu notei o texto da página política onde o Luis Clério reluta em mudar o nome de batismo do Dandan. É por estas e outras que ele vai ser sempre o Dandan para mim. Segundo o texto o nome verdadeiro do Dandan é Dannilo Cavalcante Vieira e não Dannilo Godoy. Eu pensava que era com dois “LL” como o Collor, mas é com dois “NN”, como a Danniele Winits. Eu, não me incomodo com isto, o continuarei chamando de Dandan. É mais carinhoso e eu posso ralhar com ele quando ele fizer travessuras no cargo.

Já no número seguinte, o 329, vemos logo na capa o Padre Nelson, que deixou a comunidade católica da cidade consternada por sua partida para Jurema. Pelo texto da A GAZETA, houve um sentimento de perda muito grande na comunidade. Isto gerou até uma faixa que dizia: “Monsenhor Nelson! – A sua ausência nos causa profunda tristeza, mas relembrar as alegrias que você gerou entre nós é como se você aqui estivesse presente”. Pelo que soube, o homem de Deus cometeu alguns pecadilhos, maiores para uns e menores para outros, em apoiar com tanta ênfase a candidatura do Dandan, mas, o povo de Deus, às vezes erra também, já dizia Moisés em Gênese.

O que eu poderia destacar neste número além do meu texto sobre uma entrevista do Dandan ao Poeta, onde procuro mostrar que se a imprensa local se restringisse ao seu blog, o Otávio Miranda estaria se revirando no túmulo. Em primeiro lugar o editorial, que, tenho certeza, ainda é escrito pelo Jodeval, pois acreditar que Dilma e Lula não tem nada a ver com as mazelas que nos afligem e irão afligir nossa economia, é, no mínimo coisa do Jodeval. Esta turma, depois da saída do Meirelles do BC, e desde que o Apedeuta quis eleger um poste para presidência, vem acabando com tudo que havia de bom na economia brasileira, deixado por governos passados, para continuar no poder e em nome de um assistencialismo que só vicia nosso cidadão a não trabalhar, e a viver de esmolas.

Eu gostei, para ser justa, das sugestões do Jodeval para que os prefeitos entrantes comecem a dinamizar seus municípios. Mas, como eles irão fazer isto se estão tendo os recursos tungados vergonhosamente para que a Dilma distribua IPI com as indústrias para fugir de uma crise que seria a oportunidade para reformar nossa economia, retirando seus gargalos? Eu sei que não é inocência nem ignorância do Jodeval. É apenas sua paixão pela Dilma (com ciúmes do Luppi) e pelo lulopetismo que até o próprio Coronel Eduardo resolveu repelir no Recife, e está se afastando cada vez mais no cenário nacional.

Talvez, o Jodeval fosse o único no Brasil que acreditasse ainda que Lula não tem nada a ver com o mensalão. No entanto, logo umas páginas adiante da A GAZETA, encontro outra pessoa. O Ruy Sarinho. Conheço-o como comentarista do Blog do Roberto Almeida, e é do tipo “mexeu com Lula, mexeu comigo”. Ou seja, não nos coçamos juntos, politicamente.

Mas tenho um hábito que os petistas normalmente não tem, é tentar sempre ser justa. O seu texto “De portas fechadas!” nesta edição do jornal eu o subscreveria. Eu até hoje não sei, porque cargas d’água o Dandan resolveu fechar a prefeitura para produzir um relatório, segundo ele, que até agora não apareceu. Ou, antes que digam que estou mentindo, vi um resumo apurado pelo Roberto Almeida que não justifica nem o fechamento de uma sala, quanto mais da prefeitura toda.

Penso que o que acontece com Dandan, e é tratado pelo “jornalista de Olinda”, como eu o tratava em nossa trocas de farpas alhures, é a “Síndrome do Morceguinho”. Eu sempre disse que não era a época ideal para que o jovem, hoje prefeito, adentrasse no campo político, mesmo tendo a vocação que dizem que ele tem. Ele deveria ter resolvido toda sua vida pregressa e depois tentado fazer o que fez. Penso que, mutatis mutandis, há uma analogia clara hoje com o caso de Renan Calheiros, que sofre da “Síndrome da Amante Infiel” (Lula já sente até tonteiras com a mesma). Eu espero que o Dandan, para o bem da cidade, consiga contornar tudo isto e exerça plenamente sua vocação de político, pois Bom Conselho, desde priscas eras se ressente da falta do produto (existem alguns, mas não saem das prateleiras). Mas, vai ser difícil.

Enfim, foi um prazer ler e comentar novamente a A GAZETA, com a alegria de que há noticiosos que ainda nos deixam a esperança de que a nossa imprensa local ainda sobreviva, apesar da blogosfera do Poeta.

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