Ontem eu li o artigo que o Zezinho de Caetés escreveu na AGD
(aqui).
Fiquei até com inveja por nunca mais ter ido ao cinema. Brevemente eu entrarei
na “boa” idade e terei direito a meia
entrada. Quando isto ocorrer eu colocarei meu atraso cinematográfico em dia. E
fiquei com mais inveja ainda porque ele viu o Lincoln, que é dos homens
admiráveis da humanidade. Já li muito a respeito dele e não canso de admirá-lo.
Meus críticos poderão até dizer que eu sou americanófila de
carteirinha. Não, não sou. No entanto a quem vou admirar? O Che Guevara ou o
Fidel? O Stalin ou o Lenin? O Hitler ou o Mussolini? Para ficar nos de fora e
não falar nem no Sarney nem no Renan. O homem que faz um discurso, no meio de
uma guerra fratricida como a que viveu o povo americano sempre deve merecer a
admiração do mundo. Veja o discurso:
“Há 87 anos, os nossos
pais deram origem neste continente a uma nova Nação, concebida na Liberdade e
consagrada ao princípio de que todos os homens nascem iguais.
Encontramo-nos
atualmente empenhados numa grande guerra civil, pondo à prova se essa Nação, ou
qualquer outra Nação assim concebida e consagrada, poderá perdurar. Eis-nos num
grande campo de batalha dessa guerra. Eis-nos reunidos para dedicar uma parte
desse campo ao derradeiro repouso daqueles que, aqui, deram a sua vida para que
essa Nação possa sobreviver. É perfeitamente conveniente e justo que o façamos.
Mas, numa visão mais
ampla, não podemos dedicar, não podemos consagrar, não podemos santificar este
local. Os valentes homens, vivos e mortos, que aqui combateram já o
consagraram, muito além do que nós jamais poderíamos acrescentar ou diminuir
com os nossos fracos poderes.
O mundo muito pouco
atentará, e muito pouco recordará o que aqui dissermos, mas não poderá jamais
esquecer o que eles aqui fizeram.
Cumpre-nos, antes, a
nós os vivos, dedicarmo-nos hoje à obra inacabada até este ponto tão
insignemente adiantada pelos que aqui combateram. Antes, cumpre-nos a nós os
presentes, dedicarmo-nos à importante tarefa que temos pela frente – que estes
mortos veneráveis nos inspirem maior devoção à causa pela qual deram a última
medida transbordante de devoção – que todos nós aqui presentes solenemente
admitamos que esses homens não morreram em vão, que esta Nação, com a graça de
Deus, renasça na liberdade, e que o governo do povo, pelo povo e para o povo
jamais desapareça da face da terra.
ABRAHAM LINCOLN
19 de Novembro de 1863
Cemitério Militar de
Gettysburg
Pensilvânia, Estados
Unidos da América”
Este é o famoso Discurso de Gettysburg, e pelo que diz o
Zezinho em seu texto, o filme se passa depois deste dele, mas, nele já se
antevê a preocupação de Lincoln com os valores maiores da democracia, este
regime de governo que nós brasileiros, estamos aprendendo tão tarde com ele
lidar. Vou fazer tudo para ver a fita, mesmo que tenha que pagar ainda inteira
no cinema.
É difícil imaginar o Lula fazendo o discurso de Gettysburg.
Mas, minha imaginação é muito fértil e adoro paráfrases, e tentarei no que segue,
reproduzir um discurso do apedeuta, feito de camarote de um estádio de futebol com
a presidenta, Marisa e Rosemary ladeando-o, tendo como plateia, em sua maioria,
petistas radicais.
“Há 12 anos, os nossos
companheiros deram origem nesta cidade a um novo governo, concebido na
libertinagem e consagrado ao princípio de que todos os homens nascem para votar
em nós.
Encontramo-nos
atualmente empenhados numa grande batalha, pondo à prova se esse governo, ou
qualquer outro qualquer assim concebido e consagrado, poderá perdurar. Eis-nos
num grande campo de batalha dessa guerra. Eis-nos reunidos para dedicar uma
parte desse campo ao derradeiro repouso daqueles que, aqui, deram a sua
liberdade para que esse governo possa sobreviver. É perfeitamente conveniente e
justo que o façamos.
Mas, numa visão mais
ampla, não podemos dedicar, não podemos consagrar, não podemos santificar este
local. Os valentes homens, presos e soltos, que aqui roubaram já o consagraram,
muito além do que nós jamais poderíamos acrescentar ou diminuir com os nossos
fracos poderes.
O mundo muito pouco
atentará, e muito pouco recordará o que aqui dissermos, mas não poderá jamais
esquecer o que eles aqui fizeram.
Cumpre-nos, antes, a
nós os soltos, dedicarmo-nos hoje à obra inacabada até este ponto tão
insignemente adiantada pelos que aqui roubaram. Antes, cumpre-nos a nós os
presentes, dedicarmo-nos à importante tarefa que temos pela frente – que estes
detentos veneráveis nos inspirem maior devoção à causa pela qual deram a última
medida transbordante de devoção – que todos nós aqui presentes solenemente
admitamos que esses homens não roubaram em vão, que este governo, com a graça
de Deus, renasça na cadeia, e que o governo do PT, pelo PT e para o PT jamais
desapareça da face da terra.
Lula
19 de março de 2013
Estádio Nacional de
Brasília
Brasília, Brasil.
Para dar sonoridade a esta importante fala chamei a este o
Discurso de Getcheeseburguer, o que o aproxima, mesmo só pela comida, dos
nossos irmãos do norte.
Ficou ótimo o título. Lucinha, até quando durará a idolatria ao Lula? Até quando teremos de suportar este embuste que, no Brasil, é tido como um deus?
ResponderExcluirSerá que a história demorará em condená-lo, já que a justiça não o faz?
Para acabar com o mito, bastaria um novo mandato. Como já gastaram o combustível do real, agora tudo que eles tentarem pensar é besteira. Aliás, sempre disse: O problema é quando eles acharem que pensam. Dilma inaugura assim o fim do petismo. Mantega e Luciano Coutinho que o digam. Quem viver verá. Rafael Brasil.
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